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Mudanças Climáticas e seus Impactos na Saúde

Foto do escritor: Cognitiva Educação e PesquisaCognitiva Educação e Pesquisa

A elevação média de 1,1°C na temperatura global já causa danos ao planeta e ameaça a saúde e o bem-estar das pessoas, mas os impactos atingem desigualmente as populações, sendo os grupos vulneráveis os mais afetados.


Áreas vulneráveis da África, sul da Ásia e Américas do Sul tiveram 15 vezes mais mortes devido a enchentes e tempestades do que os países ricos, entre 2010 e 2020. No Brasil, estima-se que 360 mil pessoas tenham sido deslocadas de suas residências devido a desastres climáticos em 2020, um aumento de 19% em relação a 2019. A tragédia recente de deslizamentos de terra em Petrópolis-RJ é um exemplo clássico que associa a ocupação desordenada de espaços urbanos com volumosas chuvas advindas com as mudanças climáticas.


Eduardo Anizelli/ Folhapress

É imperativo reduzir a emissão de gases de efeito estufa em 45% até 2030 para evitar uma catástrofe mundial. A afirmação é parte das conclusões do relatório International Panel on Climate Change (IPCC) da ONU, traduzido para o português como Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas. Lançado em 28 de fevereiro de 2022, o relatório é resultado de um criterioso estudo de revisão de 34 mil artigos científicos, realizado por 270 renomados cientistas de diferentes partes do mundo.


O mais grave é saber que alguns impactos previstos no relatório de 2014 para ocorrerem em 2050 já estão sendo observados, como a queda na produção agrícola, especialmente nos países localizados regiões de latitudes médias e baixa. Alerta para o fato de que metade da população mundial já enfrenta escassez hídrica durante uma parte do ano, expondo milhares de pessoas à insegurança alimentar.


As mudanças climáticas causam prejuízos à saúde, alimentação, economia e infraestrutura das cidades, causando perdas humanas e materiais, deslocamentos humanos e propiciando o aparecimento de novas doenças animais e humanas – doenças emergentes - ou o recrudescimento de doenças transmissíveis já conhecidas, por meio de água, alimentos ou insetos.



O relatório também traz evidencias da associação de problemas cardiovasculares e

BBC News Brasil

respiratórios com o aumento da exposição à fumaça de incêndios florestais, poeira atmosférica e aeroalergenos, e alerta para a crescente fragilização da saúde mental devido aos traumas decorrentes de perdas pessoais e comunitárias nos desastres, anunciando o perfil de morbidade para as próximas décadas.


O relatório é denso e aqui trazemos apenas alguns destaques suficientes para uma profunda reflexão e questionamentos a respeito do quanto estamos preparados para lidar com essa gama de problemas, tanto no que concerne à capacidade de absorver a demanda quanto a da qualificação profissional para atuação propositiva no sentido da prevenção, promoção e proteção da saúde.


Mudanças climáticas e saúde são temas associados que merecem maior espaço na agenda de formação profissional, seja em cursos de graduação ou de pós-graduação na perspectiva do Lifelong Learning.



Reflita e responda, quanto tempo de sua formação foi dedicada aos temas relacionados às mudanças climáticas e/ou meio ambiente e saúde? Deixe um comentário.

 
 
 

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